quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Inclusão Social ou Exclusão Social?

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Inclusão Social. Inicialmente parece ser uma coisa maravilhosa: nos livramos do preconceito e aceitamos as diferenças em nosso meio, nos tornando assim pessoas melhores. Será?

Eu vejo em algumas escolas como a inclusão funciona na prática, e é bem diferente do que se é pregado.

Não estamos falando de um deficiente físico, como um cadeirante (pessoa que necessita de cadeira de rodas para se locomover). Pra essas pessoas, a inclusão é (relativamente) fácil: basta construir rampas e banheiros adaptados. Mas quanto a uma criança com dificuldade de aprendizado? Será que a inclusão realmente funciona?

Pense bem: a criança tem uma dificuldade natural para o aprendizado. Ela precisa de atenção especial para isso. E no entanto colocam ela em uma sala com mais 20 alunos que não possuem essa dificuldade. Para entender o que essa criança passa, coloque-se na seguinte situação: você em uma sala de aula com mais 20 crianças, mas com um diferencial, a aula é dada em uma língua que você não entende. Você vai aprender o quê? E as outras crianças, o que vao pensar de você?

Claro que essa situação é exagerada, mas se encaixa perfeitamente na situação.

Boa parte das crianças de inclusão necessitam não de infra-estrutura, mas de ensino especializado. Eles possuem necessidades e dificuldades que nós não possuimos, e não podemos tratá-los como se simplesmente essas necessidades não existissem. Isso não é inclusão. Isso é exclusão!

Pensem agora no emocional dessa criança. Nós vivemos em uma sociedade estudantil que exclui e persegue os mais inteligentes entre eles, imaginem o que não farão com essas crianças? Em pouco tempo teremos uma enorme quantidade de crianças com necessidades especiais que não irão querer mais ir a escola por medo ou por vergonha dos colegas. No final das contas, se os pais forem complacentes, teremos uma geração de pessoas especiais que não terão o ensino básico, ou pior ainda, que terão alem dos problemas com os quais nasceram, problemas psicológicos e baixa auto-estima, com dificuldades ainda maiores para pertencerem a algum grupo social, preferindo se isolarem, e nunca amadurecendo emocionalmente.

Para termos uma inclusão social de verdade, não basta transformar a sala de aula em depósito de crianças (o que já vem sendo feito há muito tempo, aliás), mas sim mudar a consciência dessas crianças para que elas entendam e aceitem o que é diferente. Mas para isso teremos que mudar a mentalidade dos professores e pais dessas crianças, e isso vai levar mais tempo e vontade do que o que temos. Isso é claro, se algum de nossos governantes estivesse realmente interessado em levar adiante a inclusão social.

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